Dor crônica

A dor é considerada crônica quando dura mais de três meses, persiste mesmo depois da resolução do problema inicial ou ocorre junto a uma lesão que não se resolve.

Para a compreensão adequada desse fenômeno, é preciso entender o conceito de dor: um fenômeno biológico que se caracteriza por uma sensação desagradável associada a um estímulo que cause algum tipo de lesão ao organismo. A experiência de dor depende das dimensões biológica (características do tecido lesado e do que provocou o dano), psicológica e social. Essas mesmas dimensões se aplicam às suas consequências. Pode-se classificar ainda a dor de acordo com a sua característica: nociceptiva (quando o problema está nos tecidos do corpo), neuropática (quando o problema está no próprio nervo, que é o fio condutor do estímulo doloroso, ou no sistema nervoso central, que faz o processamento dessa informação) ou mista.

Devido a sua natureza multidimensional, às múltiplas causas e diferentes naturezas, a dor crônica é um problema complexo que necessita de uma abordagem multidisciplinar. Além de aliviar o sofrimento e a sensação de dor, é preciso buscar eventuais causas que possam ser diretamente tratadas e reduzir o impacto da dor na vida do paciente.

Quando as terapias iniciais e menos invasivas não conseguem alcançar os objetivos esperados, a neurocirurgia é capaz de oferecer alternativas para auxiliar no tratamento.

As principais técnicas neurocirúrgicas utilizadas incluem procedimentos como bloqueios medicamentosos ou procedimentos ablativos com uso de radiofrequência, além de procedimentos de neuromodulação como o implante de estimuladores de nervos periféricos, do gânglio da raiz dorsal, medular ou mesmo cerebral.